O presidente Lula (PT) disse ser “inacreditável” o comportamento do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com o Brasil de impor tarifas de 50% sobre exportações brasileiras em razão do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado.
“É inacreditável que o presidente Trump tenha esse tipo de comportamento com o Brasil [tarifaço] devido ao julgamento de um ex-presidente que tentou um golpe de Estado contra um Estado Democrático de Direito, que planejou a minha morte e o assassinato do vice-presidente [Geraldo Alckmin] e de um ministro do Supremo Tribunal Federal [Alexandre de Moraes]”, afirmou Lula, em entrevista ao canal americano PBS.
O petista ressaltou que possui uma equipe preparada para negociar as tarifas, mas que, segundo ele, os EUA “não têm ninguém” para tratar do assunto comercial.
“Não tomo decisões com raiva de quem quer que seja e no momento em que os EUA quiserem negociar, estamos prontos. As pessoas que eu tenho para negociar são o meu vice-presidente da República [Alckmin], que é também meu ministro do Comércio, meu ministro da Fazenda (Fernando Haddad), meu ministro de Relações Exteriores (Mauro Vieira). Mas os Estados Unidos não têm ninguém do lado deles para falar sobre comércio. Eles falam que não é com eles, que não falam sobre comércio, que é um assunto político. No momento em que o presidente Trump queira falar sobre política, eu também posso falar sobre política.”
O que esperar do discurso de Lula
O Palácio do Planalto e o Itamaraty já anunciaram aos jornalistas os tópicos que Lula falará no discurso que abrirá a Assembleia-Geral da ONU nesta terça, 23.
O petista deve ampliar o tempo dedicado à Palestina, que sempre esteve presente em seus discursos, mas que agora tem tudo para ganhar mais espaço.
m setembro de 2023, meses após iniciar seu terceiro mandato presidencial, Lula tocou de raspão no assunto: “É perturbador ver que persistem antigas disputas não resolvidas e que surgem ou ganham vigor novas ameaças. Bem o demonstra a dificuldade de garantir a criação de um Estado para o povo palestino“.
No mês seguinte, em 7 de outubro, terroristas do Hamas invadiram o sul de Israel, mataram 1.200 pessoas e sequestraram 250.
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