sábado, 12 de julho de 2025

Vaidade e disputa interna enfraquecem a direita no RN e abre espaço para a esquerda

 


A oposição no Rio Grande do Norte enfrenta um cenário de desunião marcado por vaidades pessoais e disputas internas que vai dando folego a esquerda no estado. Além da atuação nos bastidores do ex-senador José Agripino Maia (União Brasil), dois nomes se destacam como protagonistas dessa fragmentação: o senador Rogério Marinho (PL) e o deputado federal João Maia (PP).

A declaração recente de Rogério Marinho, ao afirmar que seu único nome ao Senado em 2026 é o de Styvenson Valentim (PSDB), escancarou seu perfil centralizador e agravou ainda mais as divisões na direita potiguar. Marinho tem ignorado outras lideranças expressivas, como Álvaro Dias, ex-prefeito de Natal e Allysson Bezerra, prefeito de Mossoró, pré-candidatos ao Governo do Estado, gerando desconforto e alimentando disputas internas.

A ausência de diálogo, os projetos de poder individuais e a briga por protagonismo, têm impedido a formação de uma frente unificada da oposição. Com isso, o grupo segue desorganizado e sem rumo claro para as eleições de 2026.

Diante dessa crise, Álvaro Dias surge como possível ponto de equilíbrio. Com perfil conciliador, ele é visto como o único nome capaz de costurar alianças e tentar reverter o cenário de desagregação que enfraquece a oposição.

Enquanto isso, a esquerda acompanha o impasse de camarote e se fortalece diante da desarticulação dos adversários.

Outro fator que agrava o racha é a relação estremecida entre João Maia e Rogério Marinho. O rompimento começou quando Rogério articulou e tomou o controle do PL no estado, movimento que deixou mágoas profundas em João Maia. Desde então, o deputado evita qualquer aproximação com o senador e dificilmente apoiará uma candidatura liderada por ele.

A oposição, se quiser disputar de forma competitiva em 2026, terá que superar disputas pessoais e buscar unidade — algo que, por enquanto, parece distante. 

Blog Gilberto Dias

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