Até o dia 8 de fevereiro, que corresponde à Semana Epidemiológica (SE) 6, foram notificados 94.701 casos de Covid-19 no país e 429 óbitos pela doença. Do total, 68.638 registros foram feitos nos municípios do interior, que somam 271 mortes.
Apesar da diminuição de 21,12% na média móvel de casos, houve aumento de 15,52% na média móvel de óbitos em comparação à SE 5. E o aumento de casos em municípios do interior do país preocupa os gestores, especialmente com a proximidade do Carnaval. Os dados são do Informe Vigilância das Síndromes Gripais do Ministério da Saúde.
Na apuração dos dados, o Brasil 61 seguiu o critério de definição de município do interior utilizado pelo Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Pela lógica do fundo, os municípios de interior são todas as cidades que não são as capitais de seus estados.
Apenas na semana 6 foram registrados 8.865 casos de Covid-19, com uma incidência de 4,15% de casos por 100 mil habitantes. O especialista em doenças tropicais do hospital Anchieta e infectologista Manuel Palacios afirma que o percentual é um sinal de alerta para a população. “Isso indica uma possível aceleração do vírus em determinadas áreas”, diz.
Os casos reportados na SE 6 apontam que houve um sinal de alta em estados do Norte e Centro-Oeste, onde foi reportada uma maior proporção de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Covid-19. Esses casos ocorreram especialmente entre idosos, em alguns estados dessas regiões.
O Ceará foi o estado que registrou o maior número de pessoas com a doença em municípios do interior até agora, segundo o Painel de Covid-19 do MS. São 12.172 casos. Outros dados, do Boletim InfoGripe da Fiocruz do início de janeiro, mostram que o estado manteve aumento de casos da doença. Na semana 02/2025, Maranguape (CE) teve 581 casos confirmados.
Na avaliação de Palacios, a situação da doença no país requer atenção e cautela dos brasileiros, tendo em vista que há risco de novas variantes começarem a circular com maior taxa de transmissibilidade.
“A situação atual da Covid-19 no Brasil exige atenção, especialmente com o aumento de casos registrados em algumas regiões como o norte e centro-oeste do país. Embora o número de casos de óbitos estejam em níveis mais baixos em comparação aos picos da pandemia, a situação não pode ser subestimada”, destaca o infectologista.
“O principal risco neste momento é o comportamento de novas variantes do vírus, que podem ser mais transmissíveis, o que leva a um aumento nos casos”, completa Manuel Palacios.
Fonte: Brasil 61
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