Com fissuras internas após o fraco desempenho na eleição municipal, o PT considera o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a única opção do partido na tentativa de êxito em 2026. Diante do fortalecimento da centro-direita no pleito, o atual ocupante do Palácio do Planalto é hoje o nome inquestionável para fazer frente a uma chapa de centro ou bolsonarista.
Ao completar 79 anos no último domingo, Lula se tornou o mais longevo político a ocupar a Presidência do Brasil e teria 81 no caso de ser reempossado. O processo de renovação do partido, que ocorrerá com as discussões da sucessão do PT no primeiro semestre de 2025, não inclui a possibilidade de uma alternativa ao presidente.
Internamente, petistas afirmam que uma desistência de Lula seria encarada como um “tsunami” para a legenda. O petista é visto como o único puxador de votos da sigla entre parlamentares, algo ainda mais crucial no ano em que o bolsonarismo se prepara para avançar no Senado. Na hipótese de Lula se retirar do jogo, o PT não teria ninguém com a mesma imagem junto às camadas mais populares — segmento em que é melhor avaliado.
Petistas próximos a Lula afirmam que a única pessoa com autoridade para levantar dúvidas sobre sua candidatura é ele próprio. Dirigentes explicam que a ascendência do presidente no partido é tamanha que ele mesmo conduziria sua substituição na hipótese de querer ficar fora da disputa. Internamente, esse assunto é evitado. No PT, Lula alcançou status em que sua palavra é instância superior ao diretório nacional do partido.
AgoraRN
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