Com o objetivo de levar atendimento médico e multiprofissional especializado às regiões mais desassistidas do Rio Grande do Norte, o Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre, integra o projeto TeleNordeste. A iniciativa do Ministério da Saúde, viabilizada por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), reúne cinco hospitais de excelência para ampliar a oferta desse serviço para todo o Nordeste.
Cada região do estado contemplada pelo projeto vincula suas equipes de saúde da família que ficam autorizadas a requerer os teleatendimentos. A iniciativa oferece teleinterconsultas com cardiologistas, endocrinologistas, psiquiatras, neurologistas, neuropediatras, pediatras, medicina interna, além de consultas de enfermagem e de nutrição. Para acessar o serviço, é necessário estar vinculado a um médico da família de uma Unidade Básica de Saúde (UBS), que deve solicitar o atendimento especializado.
“Esse projeto leva todo o conhecimento do corpo clínico do Hospital Moinhos de Vento para regiões que carecem desse atendimento especializado. Além de um serviço de excelência para o paciente, a iniciativa propicia a troca de experiências entre os profissionais da saúde. Neste triênio, temos a possibilidade de vincular 590 equipes de saúde família nas novas regiões abrangendo todo o estado”, diz Felipe Cabral, líder técnico do projeto e gerente Médico de Saúde Digital do Hospital Moinhos de Vento.
Taxa de resolutividade é de 98%
Ao longo do primeiro triênio (2021-2023), foram realizados mais de 2 mil teleatendimentos em quatro especialidades médicas (cardiologia, endocrinologia, psiquiatria e neurologia). A taxa de resolutividade foi de 98% e a de encaminhamento para atendimento presencial de apenas 2%.
Neste ano, o projeto entra no segundo triênio, aumentando sua participação no Rio Grande do Norte. Entre 2021 e 2023, foram atendidas três áreas do estado. Agora, são mais oito, com isso, todos os municípios passam a ser atendidos.
O Telenordeste também presta serviço para equipes de atenção básica prisional que atendem a população carcerária do Rio Grande do Norte. A ideia é ampliar para outras comunidades, como indígena e quilombola. “Estamos nos vinculando às equipes que são de regiões com essas comunidades”, afirma Tais Moreira, líder do projeto.
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