O presidente Lula exonerou, a pedido, Márcio Costa Macêdo do cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República e nomeou o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) para a função. As decisões foram publicadas nesta terça-feira, 21, no Diário Oficial da União.
A Secretaria-Geral é responsável por auxiliar o presidente da República em assuntos políticos e institucionais, além de cuidar da interlocução com movimentos sociais e entidades civis.
A saída de Macêdo encerra um período de quase dois anos à frente da pasta, que ele assumiu em janeiro de 2023, no início do terceiro mandato de Lula. Lula vinha demonstrando descontentamento com seu auxiliar.
Com a nomeação, Boulos deixa a Câmara dos Deputados, onde exercia seu primeiro mandato, e passa a integrar oficialmente o governo federal. A expectativa é que ele fique no cargo de ministro até o final do ano que vem.
Movimentos sociais
Com Boulos, Lula busca consolidar uma base histórica de esquerda e fortalecer o campo progressista para a corrida eleitoral de 2026.
Além disso, o petista pretende reanimar a base social do governo, com foco na juventude.
Com a chegada do deputado psolista à equipe, o governo também espera melhorar sua capacidade de resposta nas plataformas digitais. A intenção é “ganhar maior combatividade nas redes sociais frente à artilharia bolsonarista”.
A meta é promover um crescimento contínuo nas redes, na tentativa de replicar a performance de 2022. Naquele ano, a campanha do presidente conquistou maior visibilidade no momento de disputa.
A Secretaria-Geral tem seu gabinete no Palácio do Planalto e é responsável pela comunicação do governo federal com os movimentos sociais.
Mais petista que os petistas
Para Guilherme Boulos, líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), a integração ao governo representa uma oportunidade de recompor seu prestígio político. O deputado foi o mais votado por São Paulo.
Boulos é uma aposta pessoal de Lula. O presidente se empenhou em sua candidatura à prefeitura de São Paulo, e interveio para que o PT desistisse de concorrer e endossasse o maior nome do PSOL. Ele já declarou que “considerava Boulos mais petista do que alguns filiados ao PT”.
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