sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Emparn prevê volta das chuvas e inverno próximo do normal em 2025

 


Apesar das poucas chuvas registradas em fevereiro, o inverno de 2025 no Rio Grande do Norte tende a ser normal. Isso porque a condição dos oceanos está mais favorável à ocorrência de chuvas tanto no sertão, como no Litoral nos próximos três meses, em consequência da atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT).

 

O prognóstico de chuvas para os meses de março, abril e maio foi divulgado pela Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn), após análise da situação dos oceanos e de outras condicionantes, realizada por meteorologistas de todos os estados do Nordeste, com a colaboração do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC).

 

No Pacífico, os meteorologistas identificaram atuação enfraquecida de La Niña, que deve se estender até final de abril ou início de maio. O Atlântico Sul tem apresentado uma evolução de maior aquecimento. “Essa condição remete a uma previsão com chuvas próximas da normalidade”, destaca Gilmar Bristot, chefe da Unidade Instrumental de Meteorologia da Emparn.

 

De acordo com dados da Emparn, as chuvas nas quatro mesorregiões do Estado ficaram bem acima do esperado em janeiro, enquanto em fevereiro (até dia 24) havia um deficit entre 30% e 35%. No entanto, essa diferença deve ficar abaixo desse patamar, tendo em vista as condições favoráveis para ocorrência de chuvas em todo o RN nesta quinta (27) e sexta-feira, dia 28. 

 

O prognóstico divulgado na quarta-feira (26) prevê média acumulada de chuvas de 479,2 milímetros no Oeste nos meses de março, abril e maio; de 376,9 na mesorregião Central, que inclui o Seridó; 343,2 no Agreste e 533,8 mm no Leste Potiguar.  “Provavelmente teremos boas chuvas a partir desta sexta-feira, cobrindo praticamente todo o Estado”, diz Bristot.

 

Dos seis municípios com maior volume de chuvas acumuladas entre 01 de janeiro e 27 de fevereiro/25, três são da microrregião de Umarizal: Olho d'Água do Borges 404,8 milímetros; Martins 393,6 e Almino Afonso 377,4. O ranking é liderado por Monte Alegre, no Agreste, com 452 milímetros, e complementado por Timbaúba dos Batistas (Seridó Ocidental) 359,4; e Coronel João Pessoa (Serra de São Miguel) 356,4 milímetros.

 

Depois de anos de seca na década passada, o Rio Grande do Norte vem registrando uma sequência de invernos considerados normais desde 2019, sendo 2022 o melhor deles. Naquele ano, as chuvas ficaram na média ou acima dela em 145 municípios dos 161 monitorados pela Emparn.

 

Nesta quinta-feira (27), o volume de água nos reservatórios acompanhados pelo IGARN, era de 2,68 bilhões de metros cúbicos, 59,94% da capacidade de armazenamento. No mesmo período, em 2017, no auge da seca, o volume era de apenas 13,7% da capacidade.

 

Plantio

 

Para a agricultura, a orientação da Emparn é a de que o agricultor procure no mercado sementes precoces de culturas como feijão, sorgo, milho, para que ele tenha sucesso na colheita. “Lembrando que mesmo em anos invernos normais sempre tem ocorrência de veranicos (períodos de sete ou mais dias sem chuvas) e isso pode trazer algumas incertezas para a agricultura. Mas, como é um ano com previsão dentro da normalidade, a orientação é que o agricultor, quando tiver condição favoráveis de umidade no solo, faça o plantio”, sugere Gilmar.

 

CHUVA NO RN

Acumulado previsto para as mesorregiões nos meses março, abril e maio

Em milímetros

 

Oeste:  479,2

Central: 376,9

Agreste: 343,2

Leste: 533,2


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